terça-feira, 12 de agosto de 2008

O flagelo de Deus

Como se explica a frase “O flagelo de Deus”? O dicionário expõe o flagelo como um chicote, calamidade, sinistro, tortura, castigo, suplício, epidemia, praga e peste, também pode ser definido como uma pessoa que causa uma grande calamidade ou desgraça, ou mesmo uma adversidade.
Mas quando se trata de falar que e flagelo de Deus entra aí o sentido em bases de doutrina religiosa, com o já frágil argumento de tentar explicar o que não se entende, assim como não se consegue entender como as pessoas são levianas quando colocadas na berlinda para darem explicações do que defendem, mas a única saída é responder que são vítimas de um flagelo seja lá de quem for, mas acreditam que falando que é um flagelo de Deus está tudo resolvido, porque não acreditam que alguém possa contestar esse deus que eles falam simplesmente porque falam, arrogância? Pode ser ou talvez seja, pode ser ignorância? Provavelmente, ou será fruto da aflição de ter caído em uma armadilha ou um confronto? Se já deu certo milhões de vezes porque não daria certo agora?
Não deixa de ser uma vertente de fuga, mais se mostra como uma grande carência de intelecto sobre tudo quando ficam acuados, é aí que a coisa fica patética e por vezes hilária. Patética explica, mas hilária? É hilária sim porque as pessoas equilibradas e racionais vão ter a oportunidade de ver como indivíduos que não sabem explicar razões apelam para o martírio em nome de Cristo, ou qualquer outro tipo de apelo espiritual, é patético pelo medo que os domina mas e hilário pela maneira como tentam se defender, pois a bem da verdade já estão tão bitolados que não conseguem entender que não tem o porquê se defender, apenas explicar porque prejudicaram alguém com suas idéias se e que tais idéias não são copiadas, o que é mais grave.
A palavra flagelo vem da época em que Atila rei dos Hunos, fazendo o que todos os povos chamados bárbaros faziam por ter aprendido isso do império romano, que era especialista em conquistar saquear roubar matar é incendiar e todos esses direitos de guerra. Avançando ele pela península italiana deixando um rastro de sangue e morte chegou na periferia de Roma, e exigiu do papa que governava na época um pesadíssimo tributo para não saquear a cidade. Deve de ser ressaltado aqui que os povos bárbaros não eram iguais a todos os povos civilizados satélites do enfraquecido império romano, pois enquanto os líderes do império romano não tinham palavra nem respeitavam tratados.
Os líderes bárbaros tinham palavra e faziam questão de cumpri-la, pois ainda com toda a violência e barbárie seus conceitos de honra eram muito arraigados neles. Foi esse o motivo principal que levou o papa a aceitar e cumprir o que lhe era exigido e uma vez que Atila recebeu o tributo cumprindo sua palavra se retirou voltando para sua terra natal, mas o terror que ele espalhou por onde passou e por não aceitar nenhum acordo religioso cristão, a igreja romana no seu despeito passou a chamar aquele líder dos Hunos de “O flagelo de Deus”, e atrás de tão “Terrível apelido” se formaram lendas que até a data presente um monte de simplórios carolas acredita de pé juntos.
Uma das conclusões de este capítulo, é que através do tempo se criaram palavras pejorativas para desacreditar os que combatiam idéias e ações de políticos e religiosos, os quais não toleravam nem toleram darem explicações às sociedades por seus atos que por princípio é uma obrigação deles. No decorrer da história da humanidade há muitos poucos períodos de paz liberdade e entendimento real, tanto entre os povos quanto entre as sociedades constituídas, os mais destacados idealistas apesar de toda a literatura de libertação acabaram se corrompendo a medida que adquiriam poder de influência, e por falta de princípios morais ou por excesso deles isto de certa maneira acabou por torná-los intolerantes e autoritários, e o que eles não foram seus seguidores completaram, mas como tudo isto é visto como área da filosofia unida à teologia acaba tudo ficando no talvez sim e ao mesmo tempo no talvez não, e cada um acaba por defender um ponto de vista pelos mais diversos motivos, mais dificilmente será para beneficiar as comunidades e sim para beneficiar seus propósitos.
E uma prova disso é que se realmente fosse o que se dizia ser, as guerras as armas a miséria humana e a injustiça que só geram tudo de negativo já teriam sido abolidas da face da terra, mas não o foi!! Então? O que deu errado? Acredito que deu errado o que sempre dá que e o conjunto de conceitos negativos que não conseguimos eliminar, razões? Há razões físicas demais e muito bem alimentadas. Espirituais? Acredito que só uma, que é a falta de espiritualidade que tenta ser compensada por um narcisismo irracional promotor de tanta miséria humana. Não adianta querer mudar sistemas o que tem que mudar é a idéia das pessoas!!

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