sábado, 24 de abril de 2010

Falando em Espiritismo...

Segundo pesquisa Google, Jose Herculano Pires, dizendo ele ser um Mestre, escreve:
"O homem é seu proprio juiz no aquém e no além, ninguém lhe pede contas do que fez, mas ele mesmo se defronta com a imagem do que foi e do que é, é isso mostra a infabilidade da Justiça Divina. Não somos julgados por nenhum tribunal sobrenatural, e sim por nossa propria consciencia".
Este escritor discorda das afirmações deste parágrafo de Herculano, primeiro por que ele se posiciona como um entendido em Alan Kardec, e (Kardec) apenas foi um dos milhares de codificadores que, em contato com entidades espirituais, escreveu sobre o mundo espiritual. O que não quer dizer que tudo que se escreve, seja a copia fiel ou a verdade espiritual, parece que nesse parágrafo, o livre arbítrio é deixado de lado em favorecimento a uma doutrina, e uma doutrina pode ser tudo que se quiser, mas, nem por isso pode mudar ou alterar os princípios do Criador, ou ser a verdade incontestável do que essa mesma doutrina afirma. Geralmente, as doutrinas caem na vala comum do que não podem afirmar, e muito menos provar. Então...
Quanto a que não pedir contas do que se fez, se isso fosse verdade, o equilíbrio que a Luz mantém seria subvertido, pois, não são todos os espíritos que tem a consciência ativa, ou diferenciam o certo do errado, e se funcionassem pela regularidade das leis físicas somente, todos os que não reconhecessem seus erros continuariam desequilibrando, ou seja, um genocida nunca admitiria que errou, e todos os crimes seriam legalizados por aqueles que nem consciencia ainda possuem, e isso seria o Caos. Mas, cada um é o que quer ser. E, se um espírito não pode encarnar só por ele querer, como vai agora ser que ele se julgue a si próprio? Quer dizer que se julga a si próprio e se dá a sentença de culpado ou inocente? E ele mesmo se dá a espiritualidade? Mas será que ele sabia (Pires) ou sabe o que é realmente a espiritualidade? Ou pensa que ela vem em um “kit” de emergência para usar quando lhe der vontade? Simplificar é uma coisa, manipular e apenas querer ser superior e convencido, ou deliberadamente mal intencionado.
O Espiritismo se destaca por ter a liberdade e o livre arbítrio como dons que o Criador deu a todos em caráter definitivo, sem doutrinas nem imposições, apenas esclarece e sugere caminhos que poderão ser seguidos, e ajuda a todos, principalmente os que não se sabem ajudar ou os que não conseguem, e quando se formam seitas dizendo que seguem uma linha espírita, as margens de equívocos aumentam numa grande maioria de vezes assustadoramente, portanto, dizer que o espírito se julga a ele próprio é no mínimo uma infantilidade querendo expressar qual é o sexo dos anjos (ou seja, perda de tempo).
Mas, nisso tudo tem muito de uma arrogância burra, quando se critica os que são diferentes mentalmente. Nós somos aprendizes, mas queremos ser mestres, por quê? Nosso ego já tomou posse da nossa racionalidade? Será que depois de a Humanidade passar por uma mentira colossal na virada do milênio, não aprendeu nada? Estamos em 2010, e as pessoas estão tão confusas e medrosas que acreditam num fim do mundo em 2012? Quer dizer que quanto mais avançamos no tempo, mais histéricos e patetas vamos ficando?
Não vemos que somos vitimas mundiais teleguiadas da propaganda enganosa, a qual alem de mudar nosso comportamento, está aos poucos eliminando nossa bondade e humanidade, fazendo que a cada dia sejamos mais egoístas, invejosos, cegos as realidades e nos tornando comparativamente com gado em cercas para o abate? Afinal, por que permitimos tal cangalha de pessoas desclassificadas e mal intencionadas? Por que permitimos que cuspissem nos nossos princípios e tirem nossa liberdade, e ainda vamos pedir conselhos? Não entendemos que as projeções do futuro são idealizadas por pessoas instáveis e desequilibradas usando padrões déspotas e degenerativos? Quando vamos acordar para ver a realidade? Talvez somente do outro lado da vida? É, talvez...

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