sexta-feira, 13 de novembro de 2009

RETRAÇÃO POR QUE?

Em uma recente experiência visando me comunicar com centros espíritas no RJ, tive uma desagradável resposta muda, ou seja, retração total a um dialogo aberto como parte de uma integração de idéias, isso não me surpreendeu mesmo não esperando tão radical silencio e blindagem, que na realidade não sei de que tal blindagem os protegeria caso fosse um ataque espiritual, mas mostraram insegurança e medo de idéias e de pluralidade, assim como de participar de diálogos abertos para um melhor entendimento com seus semelhantes.
Mas, mesmo assim continuei pesquisando na Internet, para saber que tipo de doutrina foi adotada por esses centros, pesquisei em 27 (vinte e sete) centros, e estes são entre outros mais, filiados a FEB (federação espírita brasileira), sendo que todos eles seguem a doutrina escolhida dos livros de Allan Kardec. Isso por si já mostra sectarismo atrelado a uma composição de regras, que no meu entender vão na contra mão do Espiritismo universal, pois quem foi que disse que Kardec foi o pioneiro? Só por que se traduziram livros dele? Mas isso o eleva a pai do espiritismo? Que tipo de interesses entraram nessa conjunção? Ou quer dizer que os pilares do kardecismo são: 1º) Kardec. 2º) Chico Xavier, Bezerra de Menezes e os demais citados pela federação espírita?
Mas surge a pergunta, por que os trabalhos espirituais tem que seguir padrões pré determinados? Onde fica a liberdade do médium em querer trabalhar de acordo com as diretrizes de seus guias? Um chefe de centro que determina quem é essa ou essas entidades? Com que direito faz isso? Quem lhe deu tal ascendência para determinar? Isso é por esse “mestre” ser o dono do centro? Ou é por que nesses centros ou terreiros tem hierarquias autoritárias? Mas onde fica a igualdade que os mentores espirituais falam constantemente?
Quem determina se uma entidade e falsa ou não? Ou é minha casa minha lei sem direito a retrucar? No espiritismo regras de comportamento são feitas apenas para manter um equilíbrio entre guias, médiuns e monitores, mas não para ditar a maneira de expressão de quem está ligado nos trabalhos, pois no espiritismo, fatores como o determinar que só se pode realizar trabalhos em dias marcados, e não se pode fazer fora destes dias, é apenas autoritarismo disfarçado de disciplina.
Acredito que o certo a se fazer seria se o médium ou a entidade desse médium, se não aceitasse certas regras de comportamento, afastá-lo do centro é não permitir seu trabalho naquele recinto, mas é isso que se faz normalmente? Ou se tolera por entender que a força daquela entidade serve aos interesses dos mandantes do centro? Claro que cada caso é um caso, mas mesmo assim as perguntas que não são respondidas ou que não tem lógica irão continuar apesar do que se possa dizer em contrario, mas, como cada um é cada um, e as pessoas são o que realmente querem ser, a liberdade de fazer certo ou errado, ou não fazer, sempre será a palavra chave para evoluir ou simplesmente estagnar, isto sem choro nem vela, pois com choro e com vela as coisas podem ficar alem de confusas, num labirinto sem saída ou de saída muito difícil, ferramentas constroem, ignorância só fica na retração.

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