domingo, 31 de janeiro de 2010

Não tem Humildade...

Não se é uma pessoa humilde porque nasceu na pobreza, como não o é por que passa dificuldades, assim como ser servil não tem nada a ver com ser humilde, as pessoas que vivem em locais degradados, se diz que são humildes, mas o que realmente significa ser humilde? Tem varias teorias, a deste escritor é que a palavra humildade, seja por ignorância ou por sentença, quase sempre é usada aleatoriamente, ou seja, uma pessoa estar sem teto e dormir na rua, é um mendigo ou e uma pessoa humilde? Ir num templo com cara de arrependido faz da pessoa um ser humilde e temente as escrituras, ou seja, lá no que acredita?
Quando as dificuldades não nos atingem, temos a tendência ou a julgar, ou a ser condescendentes como se tais atitudes nos dessem créditos morais, mas, será que é isso mesmo? Conhecem o ditado em que “mal de muitos e o consolo de idiotas”? Ou as sentenças “ele (a) não merecia, ou que mereceu”? “Bem feito ó assim vai aprender”? Estas e muitas outras frases desse teor são ditas constantemente, mas onde está à piedade para não bater moralmente em quem está caído na sarjeta? Quantos se condoem e auxiliam? Só os que possuem uma humildade consciente é que ajudarão.
Eu vejo a humildade como um estado de paz espiritual, em que a pessoa entende e pratica a igualdade, a tolerância e a ajuda como ferramenta de apoio a quem não o tem, essa força vem de um entendimento com o todo universal, e de um modo geral quem não entende não vê os benefícios que traz as pessoas, humildade não critica, não julga, não condena, não ignora e não se impõe, ela tende sempre a equilibrar os inúmeros desequilíbrios da alma. Francisco de Assis foi um desses que entendeu e praticou à custa de muitos erros e fracassos, e para este escritor ele não é um “santo”, ele é uma força viva e atuante na Natureza, cuja meta é equilibrar os espíritos que ainda lutam nas sombras.
E entendam que os que lutam nas sombras são incontáveis em termos humanos, mas os que são iguais a Francisco, são igualmente incontáveis, luminosos e cheios de puro amor, pelos que ainda se debatem com suas próprias paixões, o Amor é uma força insuperável que tenta incansavelmente e com suavidade, amar a os que o rejeitam o desprezam ou o desconhecem, e todos nós mortais fazemos parte de esses planos que nos elevam a categoria de filhos de um Deus de puro Amor. Mas, cada um de nós tem o livre arbítrio para decidir seja lá o que quiser decidir, mas, qual será a diferença de quem vive em conflito e quem vive em harmonia?
Qual é a diferença entre uma ferramenta para construir, e uma arma para provocar dor miséria desespero e morte? As duas são feitas por mãos humanas e são impessoais, as nossas intenções e diretrizes que escolhem qual das duas usar, ou esta teoria não procede ao menos um pouquinho? Se escolhermos o que beneficia a todos, por que é tão difícil escolher o sentido de construir? O sorriso do agradecimento por acaso não é melhor que a cara negra e selvagem da guerra? Ou ainda não conseguimos diferenciar?

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