quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

NO SENADO ISSO?

A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado decidiu nesta quarta-feira (25), por unanimidade, cancelar o convite feito a uma fundação esotérica Cacique Cobra Coral para explicar o apagão que afetou 18 estados no dia 10 deste mês. Desta forma, a comissão deverá seguir o cronograma de outras duas comissões ouvindo 20 autoridades sobre o tema. Os últimos que serão ouvidos são os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Edison Lobão (Minas e Energia).
A inclusão da entidade foi feita a pedido do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Nesta quarta ele explicou na comissão que a intenção era apenas dar visibilidade à estratégia da base aliada de proteger os ministros,
Autor do requerimento que convoca as autoridades, o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) foi quem pediu a retirada da entidade. Diante da unanimidade a favor da retirada da fundação, Cavalcanti desabafou: “É inadmissível perdemos tanto tempo com uma bobagem dessas”.
Esotérico.> Filos. Diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era reservado aos discípulos completamente instruídos. P. ext. Todo ensinamento ministrado a círculo restrito e fechado de ouvintes. Filos. Diz-se de ensinamento ligado ao ocultismo. Fig. Compreensível apenas por poucos; obscuro, hermético. (dicionário Aurélio)
Está claro que o ilustre “cavaleiro da Tavola redonda e poeta da Roma antiga” tentasse fazer do apagão elétrico em 18 estados, uma “Eneida abaixo do Equador”, convidando uma fundação “esotérica” para explicar um problema que os políticos não sabem como resolver? Será que queria ouvir a lenda de Poronominaré? Como isso foi acontecer? Ele não chamou os técnicos de esse setor para explicações? Qual é o credito dos da banda da “Cobra Coral” para dizer o que aconteceu? E ainda perante o Senado? O que está indefinido nisso tudo? Isso e fruto de um amadurecimento, ou de um empobrecimento mental? Aí de nós, ínfimos cidadãos, que estamos vendo essa brilhante noz chamada Brasil, perder o rumo e o brilho se dirigindo para o mar das tormentas e o dos sargaços (ou o que é pior, dos estilhaços).
Quando se mistura política publica com religião, as coisas tendem e se degenerar por um simples principio, de que nada pode ser confirmado, é se o Brasil é um pais laico, por que cargas d’água tem políticos misturando fé religiosa com assuntos da nação? Isso é um precedente perigoso e instável, que pode degenerar em autoritarismo, como caminho para ações ditatoriais, e isso afetará os a favor e os contra, dos quais poderá surgir um conflito armado nada agradável, minha teoria e que as coisas publicas tem de ser ditadas pela razão a justiça e o equilíbrio, e deixar de lado arroubos espirituais para os cultos dominicais de cada religião, e meditar que se o principio é humano, só poderá ter equilíbrio se não houver interferências do que se supõe ser divino, lembrem que a Inquisição começou com a interferência religiosa no poder temporal, e deu no que deu, a não ser que entendam que no século XXI isso não pode acontecer, é aí será dormir no molhado, ou como dizem, nadar, nadar, e morrer na areia da praia.

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