sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Certas pessoas "estudiosas"

Entendesse por estudiosa a pessoa que tenta entender uma determinada matéria como matemática e física química, ou para ser mais abrangente qualquer matéria que faz parte do conhecimento humano para seu desenvolvimento e seu bem-estar. Porém, quando entramos na parte Espiritual a palavra estudioso (a) muda radicalmente de sentido por ser um terreno livre sem “donos ou descobridores”. Mas como o homem não percebe que nesse campo é apenas um aprendiz coloca siglas ícones leis procedimentos e toda uma gama de títulos para tentar transformar o aprendiz em um doutor-professor ou qualquer outro tipo de nome com ressonância.
Isto é uma pratica obrigatória e comum nas religiões seitas e agrupamentos religiosos onde certas pessoas passam a ser os dirigentes como pedras fundamentais de sua doutrinas. E isto não quer dizer que nas atividades humanas que não tem nada a ver com religião tal distorção não aconteça, porque acontece e acontece com muita freqüência a meu ver mais do que o tolerável.
Temos um exemplo do que é um título na área religiosa pode representar e sua influencia que levou a uma decisão que o governo chinês decretou é diz o seguinte, a partir da promulgação desta lei todos os candidatos a chefes de Dalai Lama Shirim, só serão válidos através de um certificado de reencarnação a ser emitido pela secretaria do governo chinês para assuntos religiosos. Tem concordância? Vista do lado político acredito que tenha. Baseado em que?
Bom em território chinês dizem os dirigentes que: em nosso país nosso governo e as nossas leis são soberanas e não cabe a um dirigente religioso atual escolher quem será o futuro dirigente daquela doutrina, portanto só o governo tem o direito e a responsabilidade de indicar aquele que será o mentor religioso de milhões de chineses, e sendo assim fica estabelecido que o atual dirigente não tem o poder de indicar a não ser que siga as indicações da lei da nação chinesa que é para todos igual.
Eu entendo que o atual Dalai lama que se encontra exilado na Índia em sua romaria por diversos países do mundo pedindo para mudar a decisão do governo chinês e devolver a região do Himalaia, que acabou por provocar essa lei de controle mas é claro que ele nunca vai admitir tal coisa, pois ele se acha a própria reencarnação de Buda. É mole? É acredito que o papa Bento XVI deve de estar dando pulinhos de alegria com essa nova lei chinesa, mas é bom tomar cuidado porque se a moda pega na Itália, vai pegar para o lado daí também!!.
Analisar o porquê de o governo chinês tomar tal decisão radical, acredito que seja um trabalho dos religiosos budistas e outras religiões da China (politicamente falando) porém o escritor entende da seguinte maneira. O governo da China não apóia o budismo ou qualquer outra religião apenas às tolera, e por sua vez este mesmo governo não aceita nem permite que um líder religioso que se considera divino venha a tomar decisões que podem vir a afetar a vida de milhões de cidadãos, e tem todo direito de entendê-lo como uma escalada paralela à tomada do poder da nação o que aliás é coisa que lideres religiosos acostumam a praticar.
E parece que o governo da China entende que praticar uma religião ou uma crença é uma coisa mas querer usar a crença que aparentemente trata apenas da alma, e querer levá-la para o campo do sistema instituído isto o governo chinês não aceita e naturalmente que quem tentar será retaliado, parece autoritário? Não parece, e autoritário mas quem censura tal decisão teria condições de governar um país de 1400 milhões de habitantes? Teria mesmo? Ou criticar é mais confortável do que procurar soluções?
Os dirigentes chineses sabem muito bem o que os governos estrangeiros (sobretudo a Inglaterra) fizeram com seu país e portanto acredito eu que além dos problemas que já existem, não vão criar mais um dando poder religioso a quem quer que seja ou como se costuma dizer “Minha terra, minhas leis” e quem não gostar que se mude para outro lugar. O escritor entende que não deve de ser favorável ou contrário, mas que a determinação de um povo soberano deve e tem que ser respeitada e se não o for acredito que as armas acabarão por resolver o problema mesmo que não seja uma maneira racional ou certa de fazer valer a lei.
Quanto às pessoas e estudiosos de livros já escritos e considerados sagrados não tenho absolutamente nada a acrescentar de positivo ou negativo seguindo o lema de cada um é o que quer ser, mas quando as pessoas querem misturar o estudo de “livros sagrados” com a verdadeira espiritualidade que não está em livro algum,
Só posso entender que será estéril se na prática não for benéfico para todos pois entendo que ninguém pode estudar o que desconhece ou está fora de seu alcance de entendimento. A verdadeira espiritualidade não está em ser estudada mais sim está baseada em um trabalho de igualdade amizade e entendimento de que quem é favorecido deve de amparar e ajudar os que o procurarem praticando a bondade com nobreza e sem segundas intenções, parece fácil? Não, não é fácil, pois se fosse fácil todo mundo queria fazer para ganhar créditos. Mas quando as pessoas ignoram o sentido de unidade mesmo eles não sabendo não passam de reféns das Trevas.

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