sábado, 16 de agosto de 2008

Faquirismo ou Avareza?

O dicionário explica que faquirismo eu um estado de espírito condição ou maneira de vida de um faquir principalmente na Índia. Enquanto a avareza é excessiva e sórdido apego ao dinheiro alem de uma completa falta de generosidade mas também visto como um excesso de ciúme ou como esganação. Estas são maneiras de expressar um sentimento para com essas pessoas e como nos as vemos ou como são vistas pela sociedade. À primeira vista o faquirismo e a avareza parece não terem nada em comum mas analisando com mais cuidado poderemos ver que existem muitos pontos em comum mesmo parecendo diferentes. Pode até ser que sendo visto pelo lado físico não se veja concordância mas centrado em área psicológica unida a uma cultura uma crença e a um sentido espiritual as concordâncias são varias.
A avareza é contra qualquer tipo de generosidade por puro egoísmo. O faquirismo é contra qualquer benefício que possa ter a sua matéria talvez por egoísmo mas muito por vaidade e por medo, um faquir não se sente egoísta por não dar a seu corpo um conforto, o avarento não se sente culpado por não ajudar ninguém, mas ambos cometem um engano o qual é que enquanto o faquir não liga importância ao seu corpo e o avarento não liga importância a necessidades primárias de quem não tem condições de sustentar a vida, um despreza a vida física (aparentemente) enquanto o outro não quer saber do que essa vida representa a não ser a sua própria, ambos estão em caminhos convergentes portanto eu pergunto para vocês quanto nós temos de faquires e avarentos? Ou quanto temos de avarentos e faquires?
Falando em ciência está provado que tem pessoas (a exemplo os faquires) com anomalias neurológicas que não registram a dor quando o corpo é agredido é naturalmente que fica fácil fazer um teatro e mostrar ao mundo o domínio do espírito sobre a matéria que na verdade não tem sentido prático algum, quando essa matéria por essa mesma anomalia neurológica não registra nenhum traço de dor mas é usada como um tipo de sobrevivência, ficando comparado ao avarento que na sua limitação não registra o mínimo sentimento de arrependimento ou piedade com o sofrimento que vê em seus semelhantes, e o acúmulo de riqueza na sua maneira de ver é crucial para sua sobrevivência mas também e um castigo para seu espírito ou seja, modalidades diferentes para um resultado final praticamente igual.
A poupança quando sua meta é um projeto de uma realização do futuro, é ótima. Mas quando ela se torna um acúmulo incontrolável por medo de um futuro de sofrimento ou prováveis doenças, fatalmente acaba se tornando em avareza, assim como nessa prática deixamos a veces faltar coisas básicas parar nós ou nossa família, além de avareza também se pratica o faquirismo, por quê? Porque passamos a negar ao nosso corpo e a o corpo de todos aqueles de quem deveríamos de cuidar, coisas básicas sem objetivo nenhum a não ser avareza por medo, que para ser franco e quase sempre e produto de uma doutrina desagregadora.
Mas no final das contas tudo faz parte da nossa vida, à única diferença é que está em nosso escolher que caminho a tomar e que tipo de atitude vamos usar para nos livrar de tudo que é nocivo. Quando falamos que o que nos acontece de desagradável é porque nós somos frutos do meio em que vivemos, sempre será uma maneira fatalista e equivocada de ver a nossa vida e a nossa potencialidade para poder mudar as coisas, porém devemos de ter presente que mudanças para muitas pessoas não são agradáveis porque mexem com fatores que eles não querem mudar.
Em outros capítulos tenho falado que o ser humano se divide em 3 tipos de pessoas os senhores, os servos e os rebeldes que não aceitam à servidão. Senhores e servos é apenas a continuidade inalterada de tudo que foi programado e esta sendo seguido, porém a rebeldia não quer continuidade nesses modelos a rebeldia quer usar a força criativa com todos os desafios que ela tiver pois entende que o homem não tem porque ser servo do outro, e que a servidão é uma maneira triste e miserável e nega a vida e o progresso humano além da evolução e do bem-estar da sociedade como um todo.
O trabalho quando é benéfico para todos faz de um país uma nação soberana e respeitada, mas o trabalho servil faz exatamente o oposto. Portanto cabe à força de trabalho ativo decidir que rumo tomar além de ter que entender que sempre terá aqueles que querem ser senhores e os que aceitam ser servis, e que se abrir mão do poder de mudança que tem o retrocesso virá e junto com ele a escuridão que banirá a luz.
O ser humano não precisa ser um faquir ou um avarento, o ser humano apenas tem que ser um administrador equilibrado para poder eliminar distorções e atentados a liberdade tanto individuais quanto coletivos e estar sempre atento a qualquer violação desses valores!! Porém como sempre digo cada um sempre será aquilo que ele quer ser. E quando a cabeça não pensa o corpo sempre padece, portanto nós podemos ser águias ou simplesmente avestruzes cada um escolhe.

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